Eu, robô.

Esse texto não foi escrito por um robô.

Vamos começar com uma das questões mais atuais no mercado: A Inteligência Artificial vai substituir os profissionais de saúde? Claro que vai! Na realidade já o vem fazendo. De qualquer modo, para o caso de você não acreditar ou achar um exagero, olhe isso:

Pois é, o robô, roubou.

O ano era 2007 e a revista Época trazia na capa a seguinte chamada:

Doutor Google - O que você ganha e o que você perde ao consultar a internet antes do médico.

Naquele longo tempo, o grande medo dos profissionais, sobretudo médicos, eram as informações erradas que o paciente poderia obter ao pesquisar determinadas condições no Google - provavelmente você já deva ter levado uma singela bronca do seu médico por isso. Por outro lado, a grande vantagem, seria o maior conhecimento do paciente e, com isso, uma possível diminuição na hierarquia social apresentada nos diálogos entre médicos e pacientes - ok, você sabe que isso não funcionou muito.

Pois bem, vieram os smartphones, a internet pessoal ficou mais rápida, o doutor Google ganhou um primo chamado Instagram - que deu rosto e voz para as informações, e assim nasciam - e se multiplicavam - os influenciadores. Cada vez mais, as informações que até então eram de detenção de uma única área - de certa forma, ganhou domínio público.

É claro que, com isso, as informações falsas - que ainda nem se chamavam fake news - também se espalhavam na mesma velocidade! Mas tudo isso acontece desde a invenção da prensa móvel de Gutenberg em 1440, depois na invenção da máquina de escrever, logo após na internet pessoal, depois com os smartphones e agora...adivinhe... a tão temida I.A. Já dizia Cazuza: "Eu vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades".

Corta para 2024 - A revista The Economist traz a capa: The AI doctor will see you...eventually - algo como - O doutor Inteligência Artificial irá lhe atender - em tradução livre. Mal conseguimos entender e estabelecer regras claras sobre consultas online e olha só!

Techdoctors e o futuro dos profissionais de saúde

Profissionais de saúde: o desafio não é mais provar que o robô é um robô, mas sim em provar que você não é um deles!

E isso começa por, como ser humano, reinterpretar a ameaça das I.As.

• Enquanto a I.A for vista como vilão - Ela ganhará!

• Enquanto a I.A for vista apenas como ferramenta (como word e excel são), ela ganhará!

• Enquanto você se manter firme de que a I.A JAMAIS substituirá o profissional, adivinhe, ela ganhará!

A saída é começar a entender a I.A como EXTENSÃO do profissional. Isso mesmo. Ao invés de olharmos apenas a realidade aumentada, por que não falarmos do SER HUMANO AUMENTADO!

E aqui vai um exemplo DA VIDA REAL!

O médico Bruno Gobbato,realizou uma cirurgia usando o recém lançamento da Apple, o óculos Vision Pro:

Abaixo o vídeo com a visão de Bruno:

I.A, realidade aumentada, realidade virtual, metaverso, não importa. A diferença está na atitude que o profissional de saúde - e todo o mercado - poderá e deverá ter daqui pra frente. Pois, tudo o que puder ser digitalizado, será! Capacitação profissional, otimização de tarefas mecânicas, captação de dados fragmentados de saúde que não conseguimos acessar em tempo hábil, acompanhamento do paciente a distância, análise e interpretação das informações, aumento da acurácia em procedimentos, enfim, a lista de possibilidades é vasta!

Todas essas tecnologias deverão ser usadas como extensão do seu corpo, olhos e mente profissional. Essa é a máxima daqui em diante. Mergulhe nisso ou, o robô vai te roubar! Mas corra, pois enquanto você lê isso e fica um tanto quanto contrariado, alguma I.A acaba de fazer um diagnóstico muito mais preciso do que você e um paciente, que interagiu apenas com um robô, saiu feliz da vida, por não ouvir que sua situação era apenas uma "virose".

This is The End of the Fu***ing Health